Os custos que tem com estes melhoramentos são um bom investimento, mas infelizmente só uma pequena parte dos proprietários tira partido de todo o seu potencial. Uma vez concluídas as obras e pagas as contas, as faturas desses trabalhos são arrumadas numa gaveta ou numa pasta e abandonadas ao esquecimento.

E na verdade, é só uma questão de tempo até chegar o dia em que elas são essenciais para lhe poupar milhares de euros, quando for necessário pagar as chamadas mais-valias. Sim, porque como eu tudo na vida, há o reverso da medalha: um bom negócio implica sempre despesas resultantes dos ganhos obtidos.

São conhecidos como mais-valias e consistem no lucro conseguido através da venda de um ativo (neste caso, o imóvel). Basicamente, é a diferença entre o preço pelo qual vendeu e o preço pelo qual comprou o mesmo, sendo que se a diferença for positiva estamos perante uma mais-valia. E sobre essas mais valias haverá impostos a pagar.

Ora, há algumas formas de fazer reduzir estes custos, uma das mais rentáveis (e menos usadas) são os chamados encargos com a valorização do imóvel. E é aqui que entram as obras de melhoria e manutenção da casa, incluindo obras de beneficiação, pinturas, isolamento, mas também os eletrodomésticos fixos (exaustores, ar condicionado, etc.), ou as despesas inerentes à aquisição e à alienação (o imposto IMT, os encargos notariais e de registo predial ou as despesas efetuadas com a certificação energética).

Mas, atenção, estes montantes gastos com obras de manutenção e conservação devem ter sido realizados nos últimos 12 anos e é necessário deduzir estas despesas no IRS, juntamente com os restantes dados da venda do imóvel, estando obrigatoriamente comprovados por faturas. Portanto, já sabe: tudo o que que sejam trabalhos ou equipamentos para melhorar o seu imóvel devem ser justificados com fatura e ficar devidamente guardados, para que na hora de prestar contas lhe garantam uma poupança de milhares de euros.